terça-feira, 26 de junho de 2012

A mente aberta de um ateu

Hoje, nas minhas deambulações pela net, deparei-me com a seguinte afirmação:
"athiests are the most open minded people you can find, they just need to have proof. if there is no proof there is no reason to believe."
Uma tradução possível será: "Os Ateus são as pessoas com a mente mais aberta que podes encontrar, eles apenas precisam de provas. Se não há prova, não há motivo para acreditar"

Esta argumentação é profundamente ilógica. Basta fazermos um pequeno exercício mental:
vamos imaginar que há um grupo de pessoas que só acredita em algo depois de obter provas. Poderás ser levado a pensar que em todo o lado as coisas já são assim, mas serão, de facto? Continuando:
Esse grupo de pessoas entraria para a escola onde aprenderiam a ler e a fazer contas. Depois começariam as aulas de geografia e de história. Primeiro problema: Como explicar a alguém que precisa de provas que determinado país tem um clima assim, uma topografia assado e faz fronteira com aquele país? Não basta estar escrito num livro, não basta ouvir por quem já lá esteve. Como dizer a uma pessoa que precisa de provas que houve um período Paleolítico, que houve um tempo onde existiam reis, que existiram duas guerras mundiais? 
A única possíbilidade seria: no primeiro caso, que fizesse uma viagem pelo país interiro, ficasse um ano em cada região, e no segundo caso, que fosse aos locais de escavações e lesse calhamaços antigos; em suma, que todas as pessoas fossem geógrafas e historiadoras. 
Como esta abordagem é impensável, temos fé que os nossos professores sabem o que estão a dizer, e que os livros científicos se baseiam em provas verificadas por alguém.
Mais simples que isto. Basta perguntar a alguém a que horas passa o autocarro para determinado sítio. Se não fizéssemos fé que a pessoa que nos responde sabe do que está a falar, teríamos de ficar sabe-se lá quantas horas à espera do autocarro.

A confiança é um componente da fé. Seria impensável viver em comunidade sem ela. Seria impensável se para tudo precisássemos de provas.

Agora, há uma falácia comum no pensamento ateísta que é: "Nós não temos que provar que Deus não existe, vocês é que têm de provar que ele existe".
Na maior parte das vezes isso seria correcto. O ónus da prova deveria estar do lado da existência de algo. Mas neste caso, há pouco mais a dizer da parte dos crentes: olhem para a criação, olhem para um olho, olhem para um cérebro e para a mente humana, que acaso poderia criar algo assim? A teoria estatística diz que a quantidade de acasos improváveis que teriam de se ter sucedido é tão grande, que torna o fenómeno matematicamente impossível de ter acontecido. Olhem para as remissões de doenças inexplicáveis, os milagres em pessoas de fé, que a ciência não consegue explicar mas deveria? E a lista continua.

Que mais provas quer o Ateu? Um Deus que venha à terra e acabe com a pobreza e a injustiça? Daquilo que nos é dado a conhecer sobre Deus, este nunca sobreporia a sua vontade sobre a vontade individual; Um milagre nele próprio? Tanto quanto nos é dado a conhecer sobre milagres, os mesmos só acontecem a quem tem Fé. 
Diz o ateu: "que conveniente!"
Responde o crente: "de facto. Mas foste tu que decidiste ignorar as provas que te dei, e continuas a achar que uma infinidade de erros genéticos casuais deu origem a algo tão brilhante como um ser humano, acreditando numa coisa que a Matemática diz ser impossível. Quem tem maior fé aqui?"



Sem comentários:

Enviar um comentário