Hoje vinha no carro a fazer zapping no rádio quando passei por uma rádio da IURD, onde falava uma pessoa desta seita. Confesso a minha ignorância, não sei que nome dar aos indivíduos que fazem os sermões. E acredites ou não, pela primeira vez na minha vida fiquei curioso para saber o que lá diriam e deixei-me ficar a ouvir.
O meu primeiro pensamento, após 2 ou 3 minutos de escuta foi, surpreendemente, será que eles irão para o céu?
Sei por experiência própria que não é apropriado tirar conclusões precipitadas. Corro o risco de generalizar algo que foi pontual. O problema é que a mensagem era inequívoca, que se resumia em:
- porque é a fé das pessoas é fraca?
- porque não provaram a Deus (isto falado em brasileiro não se percebe se era no sentido de saborear ou de demonstrar valor)
- como é que se prova a Deus?
- através dos nossos actos
- quais actos? (e agora vejam a subtileza da coisa)
- de generosidade, das nossas ofertas na nossa vida, [...] aqui na celebração, ao entrar nas portas do templo.
E depois continuou a dar mais uma série de argumentos para estimular a generosidade no templo. E além disso, afirmou que Jesus seria a resposta para o sucesso familiar, profissional e financeiro.
Não tive tempo para ouvir mais nada, porque cheguei ao meu destino. Mas esta parte final pareceu-me tirada da publicidade do Professor Muamba - extraordinário vidente, curandeiro, astrólogo e cientista.
Julgo não estar enganado por pensar que o sucesso financeiro mencionado, se refere efectivamente a poder ter muito dinheiro.
Já há bastante tempo que deduzi que existe uma proliferação de seitas porque, tal como existem restaurantes de comida chinesa, italiana, mexicana, etc, há que oferecer espiritualmente às pessoas que elas querem ouvir. E como as pessoas têm gostos diferentes, há que providenciar inúmeras maneiras de deixar as pessoas felizes. A regra que funciona sempre bem é ter um Cristo, pau para toda a obra e benefício.
A igreja Católica é chata porque não oferece o que as pessoas desejam. Bem pelo contrário, até constuma pedir coisas que não queremos. Por isso, como condenar alguém que está disponível para dar às pessoas o que elas querem ouvir, por determinado preço?
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